Introdução
O que seria de nós sem a felicidade? O que aconteceria se repentinamente nos
sentíssemos sozinhos e abandonados? Como reagiríamos se tivéssemos que tomar
remédios fortíssimos para continuar com a tênue vontade de viver?
É assim que uma pessoa diagnosticada com depressão aprende a viver. Essa
doença faz com que a pessoa se transforme psicologicamente de uma forma
devastadora, e se não for tratada, pode fazer com que a vítima tire a própria vida.
Uma pessoa com depressão precisa de ajuda. O alento que a vítima tem ao ser
reconhecida como tal e, acima de tudo, ser ouvida, é incomensuravelmente reconfortante.
Este é um tema que deve ser comentado constantemente, principalmente em uma
sociedade como a nossa que insiste na ideia de que não é uma doença, que é a
necessidade que a pessoa tem de chamar atenção. Realmente, uma pessoa com
depressão necessita de tamanha atenção, porque é sim uma doença, é sim um transtorno
psicológico, e devemos sim oferecer ajuda a essas vítimas. Esperamos sinceramente que com este trabalho possamos fazer com que as
pessoas reflitam sobre tal assunto sério e, que possamos mudar a visão de quem já tinha
um conceito formado sobre ele
Justificativa
Acredita-se que a depressão, principalmente na adolescência, é um assunto que
deve e tem sido abordado. Com o surgimento de séries e com a divulgação de notícias a
questão tem sido bastante discutida. Um dos principais motivos para isso são as
consequências do problema, que são muito sérias, já que a doença pode levar até mesmo
ao suicídio. Além de ser um assunto atual, a conscientização é muito importante, por isso
este tema foi escolhido para ser abordada.
Objetivos
- Conscientizar as pessoas sobre a depressão, pois ainda existem aqueles que
acreditam que ela não é uma doença;
- Fazer com que os ouvintes entendam que a patologia pode ter uma origem
química;
- Lembrar aqueles que sofrem ou já sofreram com a depressão de que eles não
estão sozinhos.
População e amostra
Abrangemos como população as cidades de Piracicaba, Bauru e Iacanga, que têm
aproximadamente 400 mil, 372 mil e 12 mil habitantes, respectivamente.
Com a divulgação do questionário, foram obtidas 217 respostas, que correspondem
à amostra analisada. Uma pequena parcela da mesma não de classificou como habitante
de nenhuma das cidades citadas acima.
Textos de apoio
Depressão
Depressão é um transtorno de humor considerado como um grave problema
mental da saúde pública. Dados epidemiológicos apontam que cerca de 121 milhões de
pessoas sofreram de algum episódio depressivo durante a vida, desde 2001. É também
um dos transtornos mais comuns, caracteriza-se por tristeza, falta de ânimo na realização
de atividades cotidianas e diminuição de energia.
Infelizmente, muitas vezes é uma doença que passa desapercebida pelo indivíduo
e pelos próprios profissionais da área da psicologia, pois o paciente é medicado e tratado
somente para as queixas físicas.
Os profissionais qualificados em enfermagem são fatores muito importantes para a
identificação e diagnosticação da depressão, pois é através do conhecimento desses
profissionais que é possível fazê-los.
É importante distinguir a depressão da tristeza casual, pois como os sintomas da
depressão são, por exemplo, alterações do humor, perda de interesse em atividades
diárias, perda de apetite, insônia e tristezas profundas e constantes, muito se confunde
acerca dessas duas condições mentais. É comum falar que uma pessoa triste devido à
perda de entes queridos ou de um emprego esteja “deprimida”, mas o mais prováveis seja
que ela está experimentando um sentimento normal e compreensível do ser humano, e
não uma doença grave como a depressão.
Pessoas que apresentam o estado da depressão mas que mesmo assim não foram
diagnosticadas e tratadas e nem recebem a devida atenção das pessoas que os rodeiam,
podem ter seus sintomas elevados, podendo piorar ainda mais o estado mental e, muitas
vezes, cometer suicídio.
Existem basicamente três tipos de depressão: as catatônicas, as crônicas e o
transtorno afetivo bipolar. As depressões catatônicas são caracterizadas por imobilidade
quase completa, negativismo extremo, atividade motora excessiva, estereotipias,
mutismo, obediência ou imitação automática, ecolalia ou ecopraxia.
As do tipo crônica são relativamente mais leves, que geralmente apresentam grau
de intensidade menor, mas que mesmo assim caracteriza-se pelo sofrimento da perda
de prazer na realização de atividades habituais.
O transtorno afetivo bipolar é caracterizado por, além de sintomas depressivos
clássicos, episódios maníacos psicóticos.
Comentários: A depressão é um conjunto de doenças que altera quimicamente o
individuo que a tem. Ela é devastadora, sendo a segunda maior causa de morte no
mundo. Muitos a consideram uma doença crônica pelo fato dela ser por muitas vezes
“curadas” porém tornam a ter a doença novamente.
O que representa?
Por dados de 2015, 322 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, o
que representa um aumento de 18,4% em relação a 2005.
No Brasil, 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população) são afetadas pelo
problema.
O país é o com maior prevalência de depressão na América Latina e o segundo
maior das Américas, perdendo apenas para os Estados Unidos. Outros países que
vencem do Brasil, além dos EUA, são Austrália, Estônia e Ucrânia.
A Guatemala é o país com menor prevalência de depressão na América Latina,
enquanto as Ilhas Salomão são as que possuem a menor prevalência do mundo.
Comentários: Sempre que pensam em depressão a maioria das pessoas entende
por ser simplesmente uma tristeza profunda mas, com pesquisas, é possível identificar
que a depressão não é apenas a tristeza, mas sim um conjunto de estados psicológicos
que alteram quimicamente o organismo.
Depressão: impactos sobre a sociedade
Na sociedade atual, diagnósticos de depressão têm sido cada vez mais frequentes.
Os fatos e os números são alarmantes. Trata-se da terceira maior causa de morte no
mundo entre a população adulta e a segunda entre adolescentes. E o suicídio é um dos
problemas médico-sociais muito relevante. Estima-se que cada médico atenda,
diariamente, sem o saber ou perceber, a pelo menos seis suicidas em potencial. Cerca de
20% da população mundial apresentará o quadro da doença ao longo da vida. Tal número
significa dizer que uma em cada cinco pessoas desenvolverá a patologia. A incidência é
mais comum entre 20 e 45 anos. Os dados são fornecidos pelo psiquiatra e coordenador
da equipe de psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Vladimir Bernik, que recebeu
a reportagem do SMF e ressaltou os altos riscos mentais e físicos e sócio-econômicos da
enfermidade, bem como a relevância do tema, considerado por ele como o mais
importante no estudo da saúde mental, devido justamente ao seu impacto social e
financeiro.
Bernik, que disponibiliza em seu site (www.vladimirbenik.med.br) um teste online de
auto-avaliação de depressão, aponta que, para diagnosticar o quadro da doença, é
preciso utilizar uma convergência de sintomas que podem envolver alterações de sono e
de apetite, além de tristeza persistente, ansiedade ou sensação de vazio, sentimentos de
desesperança, pessimismo, sentimento de culpa, inutilidade, desamparo, perda do
interesse ou do prazer em atividades anteriormente agradáveis, insônia, despertar matinal
precoce ou sonolência excessiva. “A pessoa entristece, não come, não dorme, perde o
ânimo, o pique e a vontade de viver e pode começar a ter ideias sobre o suicídio”. Ele
aponta, ainda, que a doença tem grande ligação com quadros de ansiedade e atinge a
defesa do organismo, sendo que existe uma comorbidade total entre a depressão e o
diabetes e com o adenocarcinoma da cabeça do pâncreas, este incidindo quase
exclusivamente em pessoas deprimidas. O óbito por depressão ocorre mais pela perda da
imunidade do paciente do que pelo suicídio. Segundo o médico, faltam dados mais precisos sobre a depressão. Ele ressalta
que “as estatísticas ainda não são confiáveis pela subnotificação, apesar de a mídia estar
9
evidenciado a patologia e os médicos estarem cada vez mais sensibilizados com o
diagnóstico”.
De acordo com Bernik, há uma resistência cultural e um fator estigmatizante ainda
existentes, que acabam adiando o tratamento da depressão. “O paciente deprimido está
verdadeiramente doente, mas a sua falta de interesse pela vida costuma ser vista,
infelizmente, pelos seus familiares como ‘distúrbio de caráter’, ‘falta de força de vontade’
ou ‘preguiça’. O psiquiatra não é o primeiro médico que as famílias visitam. Passam antes
pelos clínicos, cardiologista ou neurologista, deixando o psiquiatria como última opção,
muitas vezes como falta de conhecimento, fuga e pela dificuldade de assumir o quadro.”
Tida como o mal do ‘século passado’, a depressão ainda é doença deste século e
ainda perdura. Embora muitos estudiosos pesquisem as causas genéticas, todos
reconhecem que se trata de uma doença tratável. O processo de tratamento inclui
medicamentos e terapia. “Primeiro, só se pode agir sobre a hereditariedade, uma
alteração dos neurotransmissores do sistema nervoso central, com o imprescindível uso
de antidepressivos. Mas, como também o lado existencial é importante, a psicoterapia é
absolutamente essencial”, diz o médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Comentários
Uma depressão, se não for tratada pode sim evoluir para um estado psicótico, pois
o indivíduo procura se defender e este caminho pode ser uma das formas. Para melhor
entendimento, sabe-se que, através de estatísticas, uma a cada cinco pessoas tem,
tiveram ou terão depressão, que corresponde em torno de 19% da população mundial.
Questionário
1 - Idade ____
(10 a 100 anos)
2 - Gênero
( ) Feminino
( ) Masculino
( ) Prefiro não dizer
3 - Cidade em que reside
( ) Bauru
( ) Piracicaba
( ) Iacanga
( ) Outros
4- Você considera a depressão uma
doença?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
5 - Você conhece alguém que já foi
diagnosticado(a) com depressão?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
6 - Você acredita que a depressão tenha
uma cura?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
7 - Você saberia identificar em um indivíduo
do seu convívio traços de depressão?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
8 - Você conhece algum caso de suicídio?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
9- Você acha que suicídio é egoísmo?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
10 - Na sua opinião, qual papel a escola
deve adotar acerca deste tema?
( ) Deve fazer campanhas contantes
( ) Alertas esporádicos sobre o tema
( ) A escola não possui um papel
significativo
( ) Outro
11 - Na sua opinião, qual é o principal
motivo que leva o adolescente a
desenvolver depressão e posteriormente
cometer suicídio?
( ) Bullying
( ) Decepções amorosas
( ) A incompreensão dos pais em relação
aos filhos
( ) Traumas familiares
( ) Perda de entes queridos
( ) Relações sociais no geral
( ) Amadurecimento precoce
( ) Ausência de uma religião
( ) Uso de drogas depressoras (álcool,
analgésicos, etc.)
( ) Outros
12 - Você acredita que séries como “13
Reasons Why” e outros tipos de
entretenimento que ressaltam o tema
“suicídio” ajudam ou prejudicam quem está
com depressão?
( ) Ajudam
( ) Prejudicam
( ) Nenhuma das alternativas
13 - Você considera justificável o início do
consumo de drogas ilícitas por pessoas
diagnosticadas com depressão?
( ) Sim
( ) Não
( ) Talvez
14 - O que você acha da indústria
psicofarmacêutica?
( ) Acho que antidepressivos podem auxiliar
no tratamento
( ) Acredito que piorem a situação, levando
em conta efeitos colaterais
( ) Outro
15 - Você já ouviu falar do Desafio da Baleia
Azul?
( ) Sim
( ) Não
16 - O que você pensa sobre jogos como o
Desafio da Baleia Azul?
( ) Nunca ouvi falar
( ) Perigosos, pois podem despertar
transtornos psicológicos
( ) Não distinguem quem está jogando.
Pode ser uma pessoa saudável ou não
( ) Outro
17 - O que você pensa sobre medidas
governamentais como a lei 5.647/16 que
promove Semana Distrital de Valorização
da Vida?
( ) Muito importante para pessoas que
sofrem psicologicamente, pois as confortam
saber que outras pessoas se importam com
elas
( ) Acredito que não façam diferença, pois a
pessoa depressiva que está disposta a tirar
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a própria vida não está disposta a mudar de
ideia
( ) Definitivamente não ajudam ninguém,
pois leis como essa ressaltam que esses
indivíduos são diferentes da sociedade,
piorando ainda mais o psicológico da
pessoa
( ) Outro
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